O fim do Complexo do Maracanã

Publicado  segunda-feira, 1 de abril de 2013

  Por Tamyris Torres
www.emop.rj.gov.br
Nesta segunda, 1 de abril, muitas histórias mentirosas tomam conta do digimundo, no entanto, nem todas são pífias. A CBDA tinha até ontem para esvaziar a sua sede, que fica no Complexo do Maracanã, por conta da demolição do Parque Júlio Delamare e do Célio de Barros.

Vizando a Copa do Mundo, em 2014, centenas de atletas que lá treinavam estão desalojados. Hão de encontrar clubes, pois o Maria Lenk está fechado porque se encontra em obras.

Durante meu caminho diário até a redação, a qual trabalho, percebi alguns atletas protestando contra à demolição. Houve uma tentativa de 'abraçar' o Parque. Será que uma causa nobre como esta não merecia mais pessoas a favor?

Onde estão os atletas de ponta, ganhadores de medalhas olímpicas? Não sei se mudaria a decisão judicial, mas trata-se de um complexo que é um dos melhores centros aquáticos do país. Tanto o Delamare quanto o Célio de Barros foram construídos na década de 1970, ambos serviam à atletas profissionais e da base (natação e atletismo) que vão disputar por medalhas em 2016.

De acordo com a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, em nota, o fechamento do parque aquático e da pista de atletismo são partes integrantes do cronograma de instalação de estruturas temporárias para os jogos da Copa das Confederações no Maracanã.

E sim, as redes sociais são uma boa maneira de expressar sua opinião, assim como fez Bruno Fratus, pelo Twitter: 'Por favor senhores responsáveis pela Copa/Olimpíadas, pelo menos deixem o Maria Lenk. É a única piscina decente que temos'. No entanto, apenas isto não faz diferença.

Entendo que o pedido é válido, mas a boa e velha presença física ainda é importante em casos como estes. São atletas profissionais que estão pedindo um lugar para treinar. E ainda sim vamos sediar uma Copa e uma Olimpíada.

Senhores responsáveis pela Copa: - Não se faz a coisa 'certa' começando da forma errada. Se é preciso de novas instalações, que um dos melhores complexos esportivos não seja sucateado para satisfazer algumas exigências.

Nossos atletas merecem respeito.

'Brasil qual é o teu negócio, o nome do teu sócio? Confia em mim...'

Publicado  sexta-feira, 22 de março de 2013



Por Tamyris Torres

O Brasil é um país dicotômico em sua essência. Somos um povo que ao mesmo tempo possuímos riqueza abundante entre uma sociedade, mas também chegamos à miséria extrema e todos por aqui falamos a mesma língua: o português. Somos um grupo étnico que nos esforçamos para sediar notórios eventos esportivos, mas não tratamos com a mesma importância ao fato do imbróglio entre os índios e os homens brancos na Aldeia cujo nome, em tupi, dá vida ao estádio ao lado da mesma: o Maracanã.

Há muito tempo estamos dando atenção a coisas erradas. Não que sediar a Copa do Mundo, em 2014 ou as Olimpíadas, em 2016 seja uma delas. No entanto, a meu ver, estamos fazendo isso errado. Damos prioridade a mostrar a todos os outros países o que somos capazes de fazer e fazemos de forma impressionante!

Exemplo prático disto é que a Justiça Federal está desapropriando a Aldeia Maracanã somente porque ali será construído o Museu Olímpico. Tenho certeza que, se não houvesse outro destino para àquelas terras, os índios continuariam ali por anos a fio. Nossas autoridades, por muitas vezes, fazem o certo com a ideia errada. Pois o governo e o município já deveriam ter dado aquelas famílias indígenas e todas as tribos que lá vivem outras oportunidades de se manterem em outro lugar.

Oferecer agora R$400,00 reais mensais de Aluguel Social ou dar condições para que os índios voltem ao seu lugar de origem é muito mais que bondade, é ‘business’. Mas como agora o calo está apertando, essas mesmas autoridades os veem, infelizmente, como uma pedra no sapato. Parece birra dos homens brancos que foram coibidos de montar um estacionamento nas imediações do Maracanã visando a Copa do Mundo. 

As reações da classe artística, de políticos e ativistas impediram que o Governo do Estado não optasse pela demolição, mas também não se deixou por isto mesmo e como resposta às reações foi anunciado que os índios teriam de deixar o local da mesma forma, pois seria construído o Museu Olímpico e disto eles não abrem mão!

Não me espantará se, no próximo ano, o trânsito no Rio de Janeiro não dar um nó. Eu não estou me desesperando com os prazos para entrega do Maracanã. E tampouco ficaria assustada se umas 20 linhas de trem e metrô aparecessem, por assim dizer, do nada. É como eu disse: no Brasil tudo acontece, mas quando se tem um interesse.

Só que antes de 2014 e 2016 temos problemas a resolver. Durante as manifestações de ontem, dia 21 e hoje, dia 22, o Rio de Janeiro continuou com seu habitual caos do trânsito, porém com uma pitada a mais de pimenta nesse caldeirão. As manifestações no entorno da Aldeia estão causando problemas no trânsito e para variar nós entendemos isto como normal. Deve ser porque já nos acostumamos a sair de casa com 40 minutos de antecedência já visando os impasses que encontraremos no caminho.

O mais entristecedor disso tudo é que vamos passar por esses problemas, vamos pular, rir e nos divertir na Copa e nas Olimpíadas e quando tudo voltar a ser como era antes das mesmas, vamos fazer piadinha sobre a mesma situação em qualquer mesa de bar.  O Brasil não está pronto para sediar eventos como estes, mas não pela infraestrutura. Nós não estamos preparados porque nos falta maturidade social.

É por isso que a decisão do poder público em atingir o Estádio Célio de Barros, o Parque Júlio Delamare e a Escola Municipal Friedenreich somente porque estão no caminho das obras de mobilidade urbana visando à Copa do Mundo 2014 é tratada como figura coadjuvante nos noticiários dos principais jornais do país. 


E roncam os motores

Publicado  quinta-feira, 21 de março de 2013

Por Bruno Vianna
No ultimo domingo, 10 de março, iniciou-se o Campeonato de F1 temporada 2013. Melbourne na Austrália foi a 1ª etapa do circuito com a vitória do finlandês Kimi Haikkonen.
A prova foi bastante movimentada e já proporcionou algumas emoções, deixando no ar uma boa expectativa em relação às outras provas do ano.
Destaco a participação do piloto brasileiro Felipe Massa que fez uma boa prova, e só não subiu ao pódio porque sua equipe falhou na estratégia no momento das paradas (mais uma vez). Torço para ele recuperar os bons resultados de quando proporcionava excelentes duelos com Lewis Hamilton.
Aliás este ano de 2013, é um ano derradeiro para o futuro de Massa na categoria, esta que corre grande risco de não ter um piloto brasileiro para o ano de 2014, fato que não ocorre desde 1974. Felipe é o único representante verde e amarelo na F1 e seu contrato com a Ferrari termina este ano e não temos nenhum outro nome em vista para pleitear um lugar ao sol nas escuderias. O desempenho de Massa nesta temporada será fundamental para a renovação de seu contrato ou até mesmo ser contratado por outra equipe.
O fato é que vivemos uma escassez de pilotos brasileiros e um dos motivos para isso é a falta de incentivo às categorias de bases do automobilismo no país. 
(Felipe Fraga) http://tazio.uol.com.br/blog/no-trilho-da-f1/um-brasileiro-na-mira-da-red-bull/
(Luiz Razia) http://180graus.com
Os brasileiros só veem duas formas de se entrar na F1, ou você faz parte do programa de pilotos de alguma grande equipe como é o caso do brasileiro Felipe Fraga, de 17 anos, que foi aprovado para o programa da Red Bull, ou você “compra” uma vaga numa equipe pequena através de patrocinadores pessoais, situação esta que fez Bruno Senna não conseguir se manter na categoria para o ano de 2013 e Luiz Razia, nome que ganhou força nos bastidores para ingressar na F1, mas não possuía patrocinadores suficientes para investir em escuderias de menor porte.
(Bruno Senna) http://www.correiodoestado.com.br
Aos brasileiros fãs de F1 só resta torcer pela recuperação de Felipe Massa, porém acredito que mesmo ele retornando a sua melhor forma, ainda estará um pouco a baixo dos outros pilotos de ponta como Fernando Alonso e Sebastian Vetel.

Particularmente acho que dificilmente veremos um brasileiro disputando o título da categoria nas próximas temporadas, mas eu já ficaria muito feliz em poder ouvir pelo menos em uma etapa deste ano aquela famosa “musiquinha” que tanto nos faz orgulhar de sermos brasileiros...
No próximo domingo, 24.03.2013, tem mais F1, GP da Malásia, se você gosta de acordar cedo, tipo muito cedo, às 05h da manhã, estaremos juntos nessa!

Perfil

Publicado  terça-feira, 19 de março de 2013


Por Jorge Madureira

A queda do Dorival era inevitável. Bastava uma sequência ruim, embora não seja crível duas derrotas significarem má fase.

Conforme adiantado pelo Paulo Pelaipe quando chegou ao clube, o Dorival não tinha o perfil da direção. 

Mas que perfil é esse? Tudo bem que a nova direção mostrou rapidamente a que veio, diminuindo salários, cortando elenco e valorizando os jovens da base. (Embora eu considere a multa rescisória precocemente arbitrada no caso Rafinha mais um obstaculo que uma proteção ao clube).

Mesmo assim não consigo entender esse perfil. Esse perfil se resume a salário baixo? O Jorginho enquanto jogador é unanimidade. Mas como técnico tem o mesmo perfil de carreira do Dorival.

Alguns podem levantar bandeira contra mim, apontando a passagem dele pela Seleção Brasileira. Pra mim não é merito nenhum. Dá uma conferida no ranking das seleções e depois a gente conversa.

E esse perfil se aproxima mais ainda da definição exclusivamente financeira quando o concorrente era o Alexandre "peso" Galo. Não para por aí. Basta se lembrar qual a passagem marcante do técnico Jorginho no futebol brasileiro.

Rápido e rasteiro. Foi um Figueirense embalado no Brasileirão sei lá de que ano.... Flamengo, Figueirense.....

Se é pra falar tanto de perfil, que seja posto em evidência o perfil a ser preenchido, que é do FLAMENGO e não o da diretoria que hoje está lá. 

Se é pra falar tanto de perfil, que seja um pouco mais trabalhado a definição do perfil dessa diretoria. Assim, teríamos um técnico "barato" e acostumado a obter sucesso com os jovens talentos. Ah, que coincidência. Dizem por aí que o Dorival quem promoveu a profissionalização do mito Neymar.

Aliás, por onde anda o Carlinhos Violino? Tudo bem que há dez anos ele já não aguentava gritar, principalmente por conta das peripécias do Maurinho, mas não seria alguém do perfil dele que deveriam procurar?

Para não ficar muito cansativo vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos mls de água em uma panela, quando estiver fervendo coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva - Salve, ENEM. Salvem o Brasil. Salve, Jorge.

Bem, agora é aguardar. Observar. Esperar que o Jorginho tenha a sabedoria de não promover mudanças radicais, até mesmo porque não há muitas opções para mudar.

É torcer para que ele saiba se esquivar dessa missão suicida da diretoria, de fazer o CE10 render. Até mesmo porque o CE10 é do perfil da diretoria, foi contratação da diretoria, não foi pedido do Jorginho, não tem identificação com o clube, a torcida não morre de amores por ele, aliás quem é CE10 mesmo?....Quem sabe o Paulo Pelaipe deveria ser o único responsável a fazê-lo render.

Futebol, cerveja e violência... Não necessariamente nesta ordem

Publicado  quinta-feira, 14 de março de 2013

http://www.oclubedacerveja.com.br
Por Bruno Vianna
Temporariamente veio abaixo a proibição de vendas de bebidas alcoólicas nos estádios do Rio de Janeiro, pelo menos durante a disputa do segundo turno do Campeonato Carioca. Desde 2008, quando a CBF instituiu a Lei Seca nos estádios e seus arredores, não era permitida a comercialização desses tipos de bebidas, mas propriamente dito: de cerveja. E o Rio de Janeiro se adequou às normas da Confederação, porém neste inicio de 2013, a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) em atitude isolada a outras entidades estaduais, liberou o consumo de bebidas nos estádios, talvez já visando testar a segurança para a Copa das Confederações que acontecerá esse ano e, Copa do Mundo, ano que vem, eventos estes onde será permitida a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas.

A proibição imposta pela CBF nem sempre foi cumprida em sua totalidade. No interior dos estádios, a Lei realmente era cumprida, porém do lado de fora não demorou muito tempo para a mesma ser esquecida pelos torcedores e autoridades e hoje em dia, os ambulantes transitam livremente aos arredores, assim como os bares também funcionam normalmente comercializando cerveja. Ambos lugares contam com uma certa“vista grossa” das autoridades que fazem a segurança e representam a lei no local.

Contudo, não pretendo me aprofundar se a lei está sendo ou não cumprida com todo seu rigor. Quero atentar para o fato da proibição x liberação:

A cerveja não é apenas uma paixão do carioca ou do brasileiro mas sim, mundial. São raros os lugares desse planeta onde se vai e não tem um terráqueo tomando sua cervejinha, em alguns casos, produzida artesanalmente, o importante é que ela sempre está lá.
A CBF alega que a proibição ajuda na diminuição da violência nos estádios, mas não existe, por exemplo, um controle muito rigoroso com pessoas que consumiram algum tipo de bebida alcoólica antes do jogo. Não há vistoria de drogas ilícitas nos mesmos, sendo que estas possuem um poder de alteração da consciência muito maior que a bebida, o que também pode acarretar em atos violentos tão temidos pela nossa entidade futebolística.

Não tem como fazer uma revista minuciosa em 40 mil pessoas ou fazê-las soprar o bafômetro antes de entrar no estádio.

Nas ligas européias a cerveja é vendida normalmente e logo por lá naquelas bandas onde existem os temidos e famigerados “Hooligans”. Contraditório? Não! Os europeus aprenderam que violência se combate com educação, respeito e punição severa ao infrator e não a todo público.

Educar o cidadão que frequenta o estádio e implementar uma política que pregue o respeito mútuo entre torcedores rivais e também policiais leva tempo e dinheiro. Proibir é mais barato e prático.

No entanto, o grande 'tiro no pé' da CBF foi em relação à Copa do Mundo, a FIFA já informou que exige a comercialização de bebidas alcoólicas, neste caso além da questão cultural como citado acima, existe a influência de patrocinadores. Satisfeita ou não, a Confederação Brasileira irá permitir a venda de bebidas alcoólicas na Copa das Confederações/2013 e Copa do Mundo/2014.

Até porque ninguém de lá é louco de dizer aos 'velhinhos' da FIFA que não podem tomar uma cervejinha durante um jogo de futebol.


Nota: De acordo com o site Globo Esporte, Rubens Lopes, presidente da FERJ, divulgou nesta quinta, 15, que a liberação de bebidas alcoólicas durante o Campeonato Carioca, não está mais em vigor a partir da resolução, enviada pela entidade, que torna sem qualquer efeito a possibilidade de comercialização das mesmas. Tal resolução contrasta com a divulgada nesta segunda-feira, onde estava liberada a venda de cerveja. Ou seja, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, através da presente, evita confronto com o Ministério Público até que novos laudos técnicos sejam capazes de aprovar as boas condições de segurança dos estádios a fim de liberar a venda de bebidas. 

Futebol pagão

Publicado  terça-feira, 12 de março de 2013

Por Jorge Madureira

Segundo a FIFA, é proibido qualquer tipo de manifestação religiosa dentro de campo. Bem, não considero o desenho no cabelo do goleiro Jefferson, do Botafogo, uma ligação direta com o cristianismo, a menos que ele confirmasse isto. Mas, o que me chama atenção é a quantidade de 'lero-lero' que a FIFA desenha nos caderninhos de regra.
A liberdade de crença e expressão são incontestes. A finalidade mor do futebol, de diminuir as diferenças através do esporte, também. Não faz sentido uma determinação de tal monta. Se for assim, vão ter que proibir o Silvio Luis de pronunciar o famoso bordão: "Minha nossa Senhora...."

Aliás, a irreverência futebolística do Silvio Luis é o que falta pros velhinhos caretas da FIFA. 

Por outro lado, às vezes desconfio que a imprensa esportiva é mais careta - quero dizer "capeta" - que os Senhores do Tempo. Senão, vejamos:
Quantas disputas de penais já foram transmitidas pela TV aberta, com inúmeros jogadores de joelhos, agarrados em terços, pedindo auxílio pra Deus por não terem treinados pênaltis à exaustão?

Quantas tatuagens já foram exibidas em comemorações de gols homenageando JESUS?

E o Zagallo segurando a imagem de São Judas Tadeu na final do TRI? E o parque São Jorge? Apologia no nome do estádio??? Pior. O Santos tá fud... Diria o mesmo do São Paulo!

E aí ? Será falta de pauta dos repórteres ou falta de bom senso de quem lê esse tipo de notícia e dispara no barzinho que o Botafogo está correndo risco????

E cá entre nós, seria o máximo algum jogador lá das bandas baianas comemorar um gol pegando santo...

Legado 2016

Publicado  sábado, 9 de março de 2013

Por Tamyris Torres



Modalidade que mais trouxe medalhadas para o Brasil, em Jogos Olímpicos, o judô na personificação de alguns atletas importantes, não renovará seu contrato com o Flamengo. Assim como a natação e a ginástica olímpica também não fazem mais parte do plantel do clube.

O Comitê Olímpico Brasileiro ofereceu apoio logístico em seu centro de treinamento, porém nenhuma ajuda em dinheiro. O Flamengo também entrou em contato com as esferas do governo, mas não obteve sucesso.

As informações acima se tornam menos repugnantes quando sabemos que pelo menos os atletas da base serão mantidos, no entanto, não desviemos do foco problemático. Estamos há três anos do maior evento esportivo do mundo, que por acaso será sediado por nós, brasileiros.

Ginastas como Jade Barbosa, Diego e Daniele Hypólito, o judoca Nacif Elias e o nadador Cesar Cielo, por exemplo, são alguns atletas que não renovaram seus contratos para 2013. Sem contar que muitos deles já não estavam treinando na sede do clube, por conta do incêndio que destruiu o ginásio Cláudio Coutinho ano passado.

Fatos como estes apenas demostram a falta de interesse por investimento ao esporte no país. É inacreditável que desembolsemos milhões e milhões para construir e reconstruir estádios a fim de suportar uma Olimpíada, mas sequer temos a preocupação por salvaguardar os desportistas que disputarão medalhas para o Brasil. Isto é, faremos um evento para ‘gringo’ ver e não lembramos de nos preocupar com o que verdadeiramente importa: o desenvolvimento dos nossos atletas para brigar entre os primeiros lugares no quadro de medalhas.

Não sei o que é mais dicotômico, um clube como o Flamengo não ter dinheiro para continuar a manter esses atletas ou se as outras empresas beneficiadas pela Lei de Incentivo ao Esporte não leram os noticiários.

O que cabe ressaltar é sabermos até que ponto estamos comprometidos com o esporte e seus profissionais. Nosso sentimento ufanista aflora no momento em que ele está diante da prova pronto para disputar o primeiro lugar. Mas, durante todo esse tempo o atleta precisa de um lugar para fazer seus treinos regulares, de uma boa alimentação e de não ter que se preocupar em ganhar o pão com outra ocupação. Estar focado é primordial. Nenhum atleta se torna um herói de ouro sofrendo impasses.