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O
que não posso aceitar como argumento é a bandeira do romantismo a
ser perdido. Não tenho dúvidas que vitórias acachapantes como a do
Barcelona sobre o Santos, no Mundial,ou, da França, sobre o Brasil,
na Copa são mais românticas que qualquer vitória manchada pelo
erro da arbitragem.
Se
a FIFA pretende implantar (finalmente) a tecnologia para linha do
gol, então que seja feito logo. Polêmica à parte pelas falcatruas
e escândalos envolvendo a entidade, dessa vez os velhinhos deram uma
bola dentro. Ou bola al ém da linha. O tempo não é estático. Se
temos tecnologia devemos utilizá-la, do contrário podemos voltar a
jogar com bola de couro e sem caneleiras.
Mas
o que importa é uma questão que vai além dos torcedores que se
satisfazem mais no drama do rival do que quando seu time sai
vitorioso. Vai além do provável superfaturamento que vai ser essa
implementação aqui pelas bandas brasileiras.
Será
que estamos sofrendo uma "automatização" do futebol. Será
que o Ministério do Trabalho e Emprego terá que se preocupar com
futuros auxílios desemprego à árbitros e bandeirinhas? Suponho que
não. Essa mudança pode servir para impulsionar a tão sonhada
profissionalização da profissão.
Não
que a melhoria da qualidade dos árbitros dispense o uso de
tecnologia. É que mesmo com todas as mais modernas ferramentas, o
homem de preto faz parte das regras, digamos pétreas e imutáveis,
do jogo. Sua figura já é transcendental. Não podemos esquecê-los
de um dia pro outro. Afinal, que torcida iria se contentar em ofender
a mãe do programador dos softwares que vão determinar se a rede
balançou?
Ora,
se algumas regras podem mudar, porquê não aproveitar a concessão
para usar tecnologia e adotar algumas boas sacadas de outros
esportes. Instituir o chalenge, como no futebol americano e no tênis,
seria uma boa alternativa (desde que se tenha algo a perder como nos
esportes citados). Imaginem só. Bola em cima da linha, o goleiro
agarra, mas o juiz assinala o gol. O goleiro será herói duas vezes.
Fazendo a defesa e dizendo pro técnico: - 'desafia! Eu tenho certeza
que não entrou'. O show para. E as torcidas focam no telão! Em
segundos a euforia e decepção tomariam conta do estádio!
Não
acredito que os velhinhos da FIFA sejam tão radicais. Aliás, minto.
Já foram o máximo de radical aceitando o uso dessa tecnologia. A
única esperança será o PAPA revolution ganhar uma cadeirinha lá
em Zurich.
Por
fim, é preciso atentar que a FIFA nasceu com a missão de padronizar
o esporte. É a nossa ABNT da bola. Então, nenhum país, principado,
vilarejo ou até mesmo um terreno baldio com balizas feitas de pedra
podem ficar sem essa tecnologia, Principalmente, se a desculpa for o
custo de implementação. A FIFA que dê seu jeito!

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