FIFA abre concorrência para implantar Tecnologia de Linha de Gol no Brasil

Publicado  segunda-feira, 4 de março de 2013

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Por Jorge Madureira

 O que não posso aceitar como argumento é a bandeira do romantismo a ser perdido. Não tenho dúvidas que vitórias acachapantes como a do Barcelona sobre o Santos, no Mundial,ou, da França, sobre o Brasil, na Copa são mais românticas que qualquer vitória manchada pelo erro da arbitragem.

Se a FIFA pretende implantar (finalmente) a tecnologia para linha do gol, então que seja feito logo. Polêmica à parte pelas falcatruas e escândalos envolvendo a entidade, dessa vez os velhinhos deram uma bola dentro. Ou bola al ém da linha. O tempo não é estático. Se temos tecnologia devemos utilizá-la, do contrário podemos voltar a jogar com bola de couro e sem caneleiras.

Mas o que importa é uma questão que vai além dos torcedores que se satisfazem mais no drama do rival do que quando seu time sai vitorioso. Vai além do provável superfaturamento que vai ser essa implementação aqui pelas bandas brasileiras.

Será que estamos sofrendo uma "automatização" do futebol. Será que o Ministério do Trabalho e Emprego terá que se preocupar com futuros auxílios desemprego à árbitros e bandeirinhas? Suponho que não. Essa mudança pode servir para impulsionar a tão sonhada profissionalização da profissão.

Não que a melhoria da qualidade dos árbitros dispense o uso de tecnologia. É que mesmo com todas as mais modernas ferramentas, o homem de preto faz parte das regras, digamos pétreas e imutáveis, do jogo. Sua figura já é transcendental. Não podemos esquecê-los de um dia pro outro. Afinal, que torcida iria se contentar em ofender a mãe do programador dos softwares que vão determinar se a rede balançou?

Ora, se algumas regras podem mudar, porquê não aproveitar a concessão para usar tecnologia e adotar algumas boas sacadas de outros esportes. Instituir o chalenge, como no futebol americano e no tênis, seria uma boa alternativa (desde que se tenha algo a perder como nos esportes citados). Imaginem só. Bola em cima da linha, o goleiro agarra, mas o juiz assinala o gol. O goleiro será herói duas vezes. Fazendo a defesa e dizendo pro técnico: - 'desafia! Eu tenho certeza que não entrou'. O show para. E as torcidas focam no telão! Em segundos a euforia e decepção tomariam conta do estádio!

Não acredito que os velhinhos da FIFA sejam tão radicais. Aliás, minto. Já foram o máximo de radical aceitando o uso dessa tecnologia. A única esperança será o PAPA revolution ganhar uma cadeirinha lá em Zurich.

Por fim, é preciso atentar que a FIFA nasceu com a missão de padronizar o esporte. É a nossa ABNT da bola. Então, nenhum país, principado, vilarejo ou até mesmo um terreno baldio com balizas feitas de pedra podem ficar sem essa tecnologia, Principalmente, se a desculpa for o custo de implementação. A FIFA que dê seu jeito!


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