Por Tamyris Torres
O
treinamento psicológico tem evoluído gradativamente dentro dos
esportes. Muitos atletas já recorrem à psicologia como um braço
importante em seus treinos, pois perceberam que este nicho se faz
mister no período em que ele está se preparando para competições.
Dentro
dos gramados, muitos jogadores de futebol já fazem acompanhamento
psicológico, pois construiu-se em alguns clubes a cultura de
procurar um profissional da área a fim de estabelecer alguns
treinamentos que são, em suma, favoráveis para o desempenho de
atletas.
Assim
como técnicas de treinamento físicos, técnicos e táticos são
imprescindíveis, percebeu-se a necessidade de incluir uma ciência
que pudesse desenvolver a questão emocional e motivacional para que
o atleta, além de estar com o corpo preparado, também esteja munido
de elementos que possam ajudar em uma possível derrota ou até mesmo
para que ele consiga lidar com o sucesso de forma positiva.
Portanto,
habilidades psicofísicas capazes de influenciar a performance do
atleta devem ser levadas em consideração: organização da
carreira, automotivação, gerenciamento de situações estressantes,
além de controle da tensão, bem como a adaptação às cargas de
treinamentos e mudanças ambientais. Uma atenção especial a todos
estes fatores são primordiais para manutenção e aperfeiçoamento
do desportista.
Os
acompanhantes e fãs assíduos de MMA têm o costume de dizer que o
psicológico do Anderson Silva, detentor do cinturão dos médios do
UFC, é inabalável. Contudo, poucos sabem que o 'Spider' sempre
desenvolveu treinamento psicológico durante toda sua trajetória de
grandes vitórias. De acordo com a revista Tatame, o profissional
Jorge Luiz Marujo traçou o perfil de Anderson a fim de potencializar
suas habilidades e desenvolver suas deficiências.
Assim
como o MMA, que é um esporte de grande apelo público, o futebol é
o maior dentre os esportes que fazem sucesso ante à sociedade
brasileira. Por conseguinte, os jogadores são evidenciados no meio.
Por tudo o que esta prática representa aos seus atletas, o fator
psicológico deve ser entendido como algo primordial.
Importante
ressaltar que o atleta também deve estar aberto a novos desafios de
treinos, pois essas mudanças e benefícios psicológicos começam a
dar resultado ao longo do tempo, ou seja, com o hábito do
treinamento. Assim como o judoca iniciante não começa finalizando o
oponente, o atleta que enveredar a este segmento começará a colher
resultados no futuro.
Como
dizem por aí: 'Corpo são, mente sã'.

1 comentários:
Legal o texto, Tata.
Pra mim, a psicologia no esporte é pensada de uma forma e realizada de outra, pelo menos nos esportes de alto-rendimento, como estes que você citou.
Tudo o que nos falam na universidade é que o papel do psicólogo no esporte é, em linhas gerais, trazer bem estar ao atleta, seja ele de alto-rendimento ou não.
Porém, neste tipo de esporte, em que o que importa não parece ser o bem estar do atleta, mas sim os resultados (bem como em todas as outras atividades em nossa sociedade capitalista), o trabalho do psicólogo é restrito ao treinamento de habilidades psicológicas que levem o atleta à vitória (relaxamento, atenção concentrada, ativação, etc...)
Mas essa é uma outra discussão.
Parabéns pelo texto e pelo blog.
Abração,
Y.
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