Preparo psicológico como treinamento para atletas

Publicado  quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Por Tamyris Torres 


O treinamento psicológico tem evoluído gradativamente dentro dos esportes. Muitos atletas já recorrem à psicologia como um braço importante em seus treinos, pois perceberam que este nicho se faz mister no período em que ele está se preparando para competições.

Dentro dos gramados, muitos jogadores de futebol já fazem acompanhamento psicológico, pois construiu-se em alguns clubes a cultura de procurar um profissional da área a fim de estabelecer alguns treinamentos que são, em suma, favoráveis para o desempenho de atletas.

Assim como técnicas de treinamento físicos, técnicos e táticos são imprescindíveis, percebeu-se a necessidade de incluir uma ciência que pudesse desenvolver a questão emocional e motivacional para que o atleta, além de estar com o corpo preparado, também esteja munido de elementos que possam ajudar em uma possível derrota ou até mesmo para que ele consiga lidar com o sucesso de forma positiva.

Portanto, habilidades psicofísicas capazes de influenciar a performance do atleta devem ser levadas em consideração: organização da carreira, automotivação, gerenciamento de situações estressantes, além de controle da tensão, bem como a adaptação às cargas de treinamentos e mudanças ambientais. Uma atenção especial a todos estes fatores são primordiais para manutenção e aperfeiçoamento do desportista.

Os acompanhantes e fãs assíduos de MMA têm o costume de dizer que o psicológico do Anderson Silva, detentor do cinturão dos médios do UFC, é inabalável. Contudo, poucos sabem que o 'Spider' sempre desenvolveu treinamento psicológico durante toda sua trajetória de grandes vitórias. De acordo com a revista Tatame, o profissional Jorge Luiz Marujo traçou o perfil de Anderson a fim de potencializar suas habilidades e desenvolver suas deficiências.

Assim como o MMA, que é um esporte de grande apelo público, o futebol é o maior dentre os esportes que fazem sucesso ante à sociedade brasileira. Por conseguinte, os jogadores são evidenciados no meio. Por tudo o que esta prática representa aos seus atletas, o fator psicológico deve ser entendido como algo primordial.

Importante ressaltar que o atleta também deve estar aberto a novos desafios de treinos, pois essas mudanças e benefícios psicológicos começam a dar resultado ao longo do tempo, ou seja, com o hábito do treinamento. Assim como o judoca iniciante não começa finalizando o oponente, o atleta que enveredar a este segmento começará a colher resultados no futuro.

Como dizem por aí: 'Corpo são, mente sã'.

1 comentários:

nomnomonmnomnom disse...

Legal o texto, Tata.

Pra mim, a psicologia no esporte é pensada de uma forma e realizada de outra, pelo menos nos esportes de alto-rendimento, como estes que você citou.

Tudo o que nos falam na universidade é que o papel do psicólogo no esporte é, em linhas gerais, trazer bem estar ao atleta, seja ele de alto-rendimento ou não.

Porém, neste tipo de esporte, em que o que importa não parece ser o bem estar do atleta, mas sim os resultados (bem como em todas as outras atividades em nossa sociedade capitalista), o trabalho do psicólogo é restrito ao treinamento de habilidades psicológicas que levem o atleta à vitória (relaxamento, atenção concentrada, ativação, etc...)

Mas essa é uma outra discussão.
Parabéns pelo texto e pelo blog.

Abração,
Y.